Ela estava sozinha por um tempo, por opção. Poderia ter namorado o amigo que se declarou na semana anterior, mas preferiu dar um tempo a ela mesma. Até que ele chegou e lá se foi a idéia do tempo. Ele veio manso, só como amigo, mas as coisas evoluem. De repente ele corria atrás e ela gostava.
Assim como frases curtas, o tempo foi curto: marcaram de sair, como amigos, e não se desgrudaram a noite toda. Ela não se importou muito com o passado, presente ou futuro, afinal de contas, haviam más linguas que falavam dela, mas agora ela tinha uma boa que a beijava com gosto e sem parar. E depois daquela noite, as coisas continuaram rumando pra uma relação boa, sem cobranças ou chateações. Mas depois de um tempo tudo mudou.
Ele, que era tudo que ela nunca havia tido, que havia conquistado seus pais e seus amigos de maneira singular, que havia lhe roubado horas habitando sua mente e lhe dado uma nova perspectiva de relacionamento, mudou de repente. Não a beijava, não abraçava e nem pegava na sua mão.
É como se nada nunca tivesse acontecido. E ela não entendia mais nada. Gritou, chorou, quis conversar, e ele, nada. Nunca aconteceu nada. Ela cansou, partiu pra outra. Ele a vê todos os dias, ela sente falta dele, mas fica calada. Não sabe como agir, pisa em ovos com quem a deixou no vacuo, esperando por uma resposta de algo que, para ele, nunca aconteceu. Cansada de esperar, resolveu seguir em frente. Então, naquela noite, em que ele estava sentado atrás dela, que o celular vibrou. Ela tirou da bolsa e leu a nova mensagem.
E foi aí ela seguiu em frente. E muito bem acompanhada.
quinta-feira
Sobre mulheres e garotos
Postado por Flávia Prado às 12:35:00 AM
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