Eu já estive dos dois lados.
Já fui a vítima; já chorei por semanas por um cara; já fui sacaneada; já fui chifrada; já fiquei PÉSSIMA por causa de homem; já quebrei a cara por acreditar em um garoto que, no final, só se revelou um grandecíssimo filho da puta; já deixei de frequentar lugares que gostava por causa dele, de sair com pessoas que gostava por causa dele, de fazer coisas que gostava por causa dele; já fingi ser o que não sou e gostar do que não gosto por causa dele; já engoli muito sapo por causa dele (sem piadinhas); já fui ao inferno e voltei por ele.
Já. Por ele/eles, já.
Mas também já fui a vaca, a cretina, a filha da puta, a cafa que iludiu, a mentirosa, a ingrata.
E no final, as meninas sempre sabem.
Sabem que, com o primeiro, nós éramos princesas, no auge do clichê. Éramos doces, de pureza não-ingênua, acreditávamos nele.
E viramos o que somos por quebrar a cara com tal frequência que hoje não é jogo, é mais tortura.
Mas não se façam de vítima, meninas. A culpa também é nossa. Fomos nós que esperamos dele o que se espera da nossa melhor amiga. E, com isso, deixamos de notar que as necessidades não são as mesmas, nem as expectativas e nem o raciocínio.
São mundos diferentes.
Nós, mulheres, tão complexas e cheias de miudezas.
Eles, homens, tão simples...e tão frágeis.
"Se eu pudesse te dizer o quanto eu lembro de você..."
Dedicado à nós, que por tanto fizemos e tanto perdemos, sem ter a chance de dizer um ao outro coisas que ambos sabemos.
Ainda é cedo. =)
quinta-feira
Os dois lados do espelho
Postado por Flávia Prado às 1:11:00 AM
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